Uma tarde, eram 4 horas, o Sr. X... voltava à sua casa para jantar. O apetite que levava não o fez reparar em um cabriolé que estava parado à sua porta. Entrou, subiu a escada, penetra na sala e ... dá com os olhos em um homem que passeava a largos passos como agitado por uma interna aflição.
Cumprimentou-o polidamente; mas o homem lançou-se sobre ele com uma voz alternada, diz-lhe:
- Senhor, eu sou F ... marido da senhora Dona E...
- Estimo muito em conhecê-lo, responde o Sr. X ...; mas não tenho a honra de conhecer a senhora Dona E...
- Não a conhece! Não a conhece! ... quer juntar a zombaria à infâmia?
- Senhor!...
E o Sr. X... deu um passo para ele.
O Sr. F..., tirando do bolso uma pistola, continuou:
- Ou o senhor há de deixar esta côrte, ou vai morrer como um cão!
- Mas, senhor, disse o Sr. X..., a quem a eloquência do Sr. F.... tinha produzido um certo efeito, que motivo tem o senhor?...
- Que motivo! É boa! Pois não é um motivo andar fazendo a corte à minha mulher?
- A corte à sua mulher! não compreendo!
- Não compreende! oh! não me faça perder a estribeira.
- Creio que se engana...
- Enganar-me! É boa!... mas eu o vi... sair duas vezes de minha casa...
- Sua casa!
- No Andaraí... por uma porta secreta... Vamos! ou...